quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Tradições de Ostara



Tradições de Ostara

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Equinócio da Primavera são os ovos cozidos, os bolos de mel, as primeiras frutas da estação em ponche de leite. Na Suécia, os “waffles” eram o prato tradicional da época.
Nesse dia, os antigos pagãos da Europa, acendiam fogueiras nos cumes das montanhas, pois eles acreditavam que o brilho do fogo seria capaz de tornar a terra frutífera e manter suas casas em segurança. O fogo aceso também simbolizava iluminar os caminhos para que o Sol pudesse retornar a Terra.
Esses povos também iam até os campos colher flores e as levavam para casa, pois acreditavam que as flores colhidas no Equinócio da Primavera eram mágicas e, através delas, seriam capazes de conectarem a energia de toda a Natureza.
Essas flores eram secas e com elas eram feitos ornamentos para enfeitar as casas até Ostara do ano seguinte, em que eram trocadas por novas flores, assegurando assim a continuidade de sorte, saúde e felicidade.
Pintar ovos é outra tradição pré-cristã que tem ligação direta com este ciclo dos festivais de primavera. Tanto a lebre como a coelha, bem conhecidas por sua grande fertilidade, há muito tempo são honradas nessa época.
As versões modernas giram em torno do Coelho da Páscoa e do Ovo de Páscoa, mas grande parte do verdadeiro simbolismo foi perdido e, com isso, perdemos a oportunidade de renovar nossa ligação com a terra.
Espiritualmente, Ostara marca uma época de transição entre a introspecção que precede o Imbolc e as novas iluminações que chegam com o Beltane. Era um período realmente poderoso, que hoje foi perdido em meio a chocolates e espetáculos sobre a Paixão.
Na época dos celtas, no Ostara, cozinhavam-se ovos que eram então tingidos de cores vivas e pintados de maneira elaborada.
Havia uma tradição pré-cristã na manhã do Ostara, quando as mulheres se levantavam cedo para fazer um bolo de especiarias com farinha de trigo, marcado com uma cruz (chamados pãezinhos quentes em cruz).
Era feito com uma receita especial e acreditava-se que tinha poderes curativos, especialmente para problemas de estômago (disenteria, diarréia e doenças de verão) e coqueluche.
Diziam também que ele nunca mofava. Vários pãezinhos eram sempre separados para secar e endurecer no forno, sendo pendurados até que fossem necessários.
Quando aparecia alguma doença, o pãozinho era ralado finamente e misturado a leite de cabra ou água, como remédio. Os saxões também comiam um bolo tradicional semelhante nessa ocasião.

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